Quem abre o primeiro post da série é Ju Afonso, do blog Eu Mundo Afora. Ju escolheu falar sobre sua cidade natal - Belo Horizonte.
Você já foi a Belo Horizonte? Sempre que faço essa pergunta para alguém, me preparo para todo tipo de resposta. A maior parte das pessoas se divide entre duas possibilidades: ou falam não em um tom de tristeza por nunca terem dado uma passadinha ou continuam falando não, mas com uma incógnita no rosto sobre porque deveriam conhecer Beagá.
Mais comum do que encontrar pessoas que nunca foram a Belo Horizonte, é encontrar alguém que passou só um dia na capital. Entendo quem faz essa opção. Em primeiro lugar, Beagá não tem tantos atrativos turísticos quanto uma cidade consagrada. Com uma volta de carro e uma parada noturna em alguns dos bares da Savassi é possível dizer que se conhece a capital. Em segundo lugar, tem muita coisa boa para ver a poucos quilômetros. As cidades históricas de Ouro Preto e Mariana são um chamariz para os turistas. Isso sem contar o Museu de Arte do Inhotim, o mais novo queridinho dos visitantes.
Um aviso para os desavisados ou aqueles que acham que Belo Horizonte se resume a cerveja, pão de queijo e Lagoa da Pampulha: a cidade mudou. A cena independente invade os espaços tradicionais e os ouvidos dos mais céticos. Os temperos dos botecos ganham a simpatia do público e passam a ser tão valorizados quanto os restaurantes consagrados. Beagá vive novos tempos.
Quando vier a Belo Horizonte lembre que a capital mineira não está só no centro. Ela também está nos bairros afastados e nos pequenos detalhes. É uma cidade que se revela aos poucos. E sem pressa.
Ao ar livre: Esqueça aquela história de que é impossível caminhar por beagá porque a cidade tem muitos morros. Não digo que vai ser fácil, mas garanto que vai valer a pena. Se você quer entender o ritmo da cidade, coloque um chinelo e dê um jeito de ir até a rua Sapucaí. O local tem uma das vistas mais bonitas da cidade. É uma paisagem simples que mostra o ritmo da capital, seus prédios, seu comércio e alguns pontos turísticos, como a Praça da Estação e o lindo edifício que hoje abriga o Museu de Artes e Ofícios.
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| Museu de Arte e Ofícios, visto da rua Sapucaí |
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| Viaduto Santa Tereza |
Mas a melhor rua para passear se chama Bahia. Ela tem uma entrada escondida para o famoso Edifício Maleta, antigo reduto intelectual e com um delicioso restaurante italianos, a Cantina do Lucas. A Rua da Bahia também passa por dois museus escondidos, a linda Paróquia de Nossa Senhora de Lourdes, a biblioteca pública e muitos bares e restaurantes charmosos.
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| Grafitagem na Rua da Bahia (esq.) e Cantina do Lucas |
Logo ali está a praça da Liberdade. Visitada todos os dias, em todas as horas por todo tipo de gente, ela é, sem dúvida, um dos espaços mais queridos da cidade. Além de linda, claro. A praça ganhou novas atrações com a mudança da sede do governo e os edifícios que antes eram secretarias do estado agora são museus (de geologia, de astronomia, de arte...).
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| Praça da Liberdade Marina Dias |
O post da Ju ficou tão rico, que dividimos em duas partes. Fiquem ligados! ;)
